sábado, 22 de janeiro de 2011

O PROGRESSO NÃO PODE SACRIFICAR A QUALIDADE DE VIDA


          Expresso com o título acima opinião pessoal, embora ele devesse, também na minha opinião,  compor o elenco dos preceitos indispensáveis a qualquer órgão da administração pública, em qualquer lugar do mundo, o que certamente evitaria tantos malefícios à humanidade. Não vou ficar aqui tecendo comentários, procurando culpados, tentando narrar minha tristeza por tudo que vemos acontecer neste momento na região serrana do Rio de Janeiro e nos estados do Leste do Brasil. Todo o povo brasileiro vê, sofre e se coloca solidário junto àqueles que sofrem na carne e no coração tantas perdas irreparáveis. Quero, sim, me posicionar como um cidadão comum que vive numa modesta cidade de um município onde as articulações entre produtores rurais locais e uma indústria de derivados de leite com sede em Ponte Nova, com o apoio da administração municipal anterior à de agora, superaram os obstáculos e implantaram a moderna fábrica que é hoje um belo cartão postal à entrada do perímetro urbano. Esta cidade é Mutum e Laticínios Porto Alegre é o cartão postal, o novo marco da industrialização do município. 
           Agora é que vem o problema. Fábrica em pleno funcionamento, inúmeros empregos criados, incremento da produção leiteira, do comércio e dos serviços, entre outros indicadores do progresso, são visíveis e indiscutíveis.  Há, entretanto,  uma questão que precisa ser discutida, não apenas entre aqueles três segmentos das articulações acima referidas, mas, sobretudo com a participação dos  moradores da Vila Norberto e do Jardim da Ponte, além de outras regiões da cidade, porque são os mais afetados pelo mau cheiro exalado nas 24 horas de funcionamento da fábrica. Não há como negar ter sido uma grande perda na qualidade de vida dos moradores vizinhos à Porto Alegre o mau cheiro, cujos danos  para serem reparados dependem da fiscalização dos órgãos públicos, a quem cabe aplicar as medidas punitivas pelo não cumprimento das leis, se for o caso, e mais ainda dependem  da rejeição da comunidade a uma prática danosa ao seu bem estar, medidas estas que exigirão do empreendedor investir nos reparos e adequações que venham sanar em definitivo aqueles males que afligem os vizinhos da fábrica Laticínios Porto Alegre e a população mutuense em geral. Nesse sentido, conversei ontem com o presidente da Câmara Municipal, vereador Gésio Nunes, que me disse  estar ensejando  esforços  realizar no próximo mês de fevereiro uma reunião com as partes supra mencionadas, quando a comunidade poderá conhecer as providências a serem adotadas pela empresa de laticínios. Tomara que ela continue a alavancar o progresso mutuense e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população.

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