sexta-feira, 10 de junho de 2011

LIÇÃO DE PORNOPOLÍTICA


‘Lição de pornopolítica’, por Nelson Motta

ARTIGO PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA SEXTA-FEIRA

Nelson Motta

“Quando atacam um companheiro nosso, temos que defendê-lo. Nem que depois a gente o chame num canto e diga que ele está errado.”

A frase poderia ser de um chefão mafioso para a quadrilha, ou de um lobo para a matilha, mas é a mais perfeita expressão do conceito lulista de ética, que se aplica tanto a Delúbio e Zé Dirceu como a Sarney, Renan e Severino.

Claro que depois Lula os chamou num canto e disse que eles estavam errados, nós sabemos como Lula é rigoroso. Na ética companheira o mais importante não é fazer errado, é não ser flagrado. Falar com a língua presa não é nada, o problema é ter preso o rabo.

Assim como os livros do MEC ensinam que 10 – 7 = 4, e que falar errado é só um preconceito linguístico, o lulismo trouxe conceitos éticos inovadores, como o que aceita o roubo e a corrupção, desde que seja para o partido. Mas, se for em causa própria, basta chamar o partido para defender o companheiro e salvá-lo da cadeia. Depois será chamado de lado para ouvir que estava errado.

No Brasil pós-Lula ninguém se envergonha de ser eleito para defender os interesses do País e dos seus eleitores ─ e também dar consultas para empresas privadas que só têm interesse em seus lucros.

Mas não é ilegal, gritam. É apenas imoral. Em países sérios seria, mas aqui nunca será, porque os deputados jamais vão legislar contra seus próprios interesses. É só uma afronta a homens e mulheres honestos que lutam para ganhar a vida e pagar impostos para sustentar essa gentalha. O traficante de influência é pior do que o de drogas, porque vende o que não lhe pertence.

Mesmo assim eles não conseguem viver com o salário de R$ 25 mil ─ maior do que o de parlamentares americanos e japoneses ─ e por isso precisam manter outro emprego, como Palocci e outros “consultores”. São deputados part time, que servem mais a seus clientes do que ao País.

Com todo respeito pela minoria que ainda resiste, atualmente a deputança parece apenas uma boquinha meio período, um trampolim para subir na vida e nivelar por baixo. Como diz a velha piada, mais atual do que nunca, eles estão fazendo na vida pública o que fazem na privada.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

DA VIDA PÚBLICA À PRIVADA

Só mesmo os institutos de pesquisa para afirmar quem alcançou maior ibope no noticiário de ontem: o que em 17 anos viveu todas as amarguras e alegrias de ídolo em todo o mundo, ao comemorar sua despedida como atleta fenomenal nos campos de futebol,levando consigo invejável patrimônio de conquistas esportivas, ou aquele que tornou-se também fenômeno pelo dom da ubiquidade, a ele propiciadora do recorde de tempo para o troféu do enriquecimento material, prêmio no seu caso controverso sob aspecto da ampliação do patrimônio moral dos homens de vida pública.
A partir de hoje, a repercussão da aposentadoria de Ronaldo Nazário, do futebol, e de Antonio Palocci, do poder executivo do país. Saem ambos, por sua trajetória, capazes de obter do eleitorado expressiva votação para cargos públicos
futuros. Como também o ladrão de galinha, da fábula que transcrevo do blog da Maria Helena Rubinato Borges, cuja autoria parece ser de Luiz Fernando Veríssimo. Bela, fabulosa.


O Brasil explicado em galinhas

Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.

D - Delegado
L - Ladrão

D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!

L - Não era para mim, não. Era para vender.

D - Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

L - Mas eu vendia mais caro.

D - Mais caro?

L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.

D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.

L - Os ovos das minhas eu pintava.

D - Que grande pilantra... (mas já havia um certo respeito no tom do delegado...) . Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...

L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio..

D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?

L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:

D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?

L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.

D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

L - Às vezes. Sabe como é.

D - Não sei não, excelência. Me explique.

L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.

D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...

terça-feira, 7 de junho de 2011

SOCORRO: O BANCO QUER ME ROUBAR!

O sistema bancário cobra para manutenção de minha conta-corrente, além de cobrar pela maioria dos serviços prestados na movimentação do dinheiro que eu guardo na agência, não porque está sobrando, mas, para que eu possa deixá-lo em lugar seguro e utiliza-lo de acordo com minhas necessidades ou conveniências. A evolução tecnológica colocou aomeu alcance, para essas operações, o caixa eletrônico, de grande comodidade pela ampliação do horário de atendimento, embora implantando com o serviço mais uma fila para ao desconforto do cliente. Teoricamente é assim que funciona para todos os correntistas. Na prática, entretanto, temos a comprovação de que embora sejamos todos iguais perante a Lei, também na agência há os ilustres clientes diferenciados – porque montados na grana – que invariavelmente são atendidos sem fila, pois, quando existentes são por eles furadas descaradamente; os “boys” com seus envelopes e pastas, e os clientes que por diferentes razões dependem dos serviços humanos dos vários caixas e guichês para o atendimento, nem todos porém com disponibilidade de funcionários, como quase sempre ocorre com aquele encimado por um aviso: “Exclusivo para maiores de 60 anos, gestantes, portadores de deficiência...”, algo assim. Esta é a agência dos que ultrapassam a porta giratória.
Os caixas eletrônicos, no amplo salão de fácil acesso a todos, são utilizados pela maioria dos correntistas que vão à agência para retirada ou depósito de valores e para pagamentos de boletos que disponibilizam código de barra (outra invenção brilhante dos sistema financeiro, resultante da TI). É aí que vamos nós, os menos iguais, para quitar os compromissos, como por exemplos as contas de água, luz, telefone e as prestações que asseguram “o nome limpo na praça”. É só a gente ter o cartão contratado junto ao banco e uma senha, para que o nosso dinheirinho possa pingar em nossas mãos, de acordo com necessidades ou conveniências, desde que tenha sido depositado em nossa conta-corrente. Entre esses cidadãos menos iguais, talvez a maioria absoluta vá ao caixa eletrônico retirar o que recebe do empregador ao fim de mais um mês de trabalho, ou de aposentadoria do INSS.
Quem abastece o caixa eletrônico, para que ele nos devolva o que é nosso? Lógico que é alguém que trabalha na agência. Aliás, a máquina não passa de um funcionário, talvez mais infalível e econômico. Se eu vou retirar o que é meu e está guardado na agência bancária, e estou adimplente com o que me cobram pelo serviço, quero mais é que me respeitem. Dispenso o cafezinho da gerência, aceito e fila como inevitável e vejo como aprimoramento na prestação de serviços o caixa eletrônico. Acho péssimo, porém, chegar numa tarde de 6ª feira, na véspera de um feriado, ou qualquer dia à agência para, por necessidade ou conveniência, sacar o que é meu e a máquina estar sem grana. O que dizer agora, com essa história de tinta vermelha para identificar notas roubadas? Se a nota saiu do caixa eletrônico, quem pôs foi o banco. Ela vai ter de valer, para mim e qualquer correntista que comprovar o saque. Senão, quem está nos roubando é o banco.

domingo, 5 de junho de 2011

ENTRE ELES, A ÉTICA É UM ABISMO

                     O texto abaixo é do conhecido jornalista Élio Gáspari, que acabo de ler noBlog do Noblat.
Sua leitura é de fundamental contribuição para entendermos o quão diferentes podem ser os homens públicos, se compararmos os que hoje detêm o poder e aqueles que ontem ocuparam os mesmos cargos procurando contribuir para o engrandecimento da pátria de todos nós. 

De CelsoFurtado@org para Palocci@com

Senhor ministro, sua geração leu meu livro “Formação econômica do Brasil” procurando entender nosso país, pensando em mudá-lo para melhor. Não creio que meus leitores buscassem lições para enriquecer. Seria perda de tempo. Havia neles uma mistura de fé na nossa gente e até de solidariedade pela fantasia desfeita de um economista que foi do Ministério do Planejamento, em 1962, ao desterro voluntário, dois anos depois.
Escrevo-lhe para pedir que tire das costas do governo a carga de problemas que são seus, derivados daquilo que chamei, referindo-me ao Roberto Campos, de “temperamento concupiscente”.
A cobiça por bens materiais é coisa natural. Quando ela se mistura com biografias públicas, é comum que surjam conflitos políticos. Vivi 84 anos, fui ministro de dois governos e embaixador junto à Comunidade Europeia, publiquei cerca de 50 livros, um deles com 34 edições. Nunca me faltou o necessário. Acusaram-me de muita coisa, jamais de ter comprado um par de meias sem que pudesse tornar pública a origem dos recursos.
Morri num apartamento de Copacabana, com padrão suficiente para meus hábitos, bastante inferior ao que o senhor comprou por R$ 6,6 milhões. (Jantei outro dia com os ex-ministros Roberto Campos, Eugenio Gudin e Octavio Gouvêa de Bulhões. O Campos, com sua corrosiva maledicência, disse que as moradias dos comensais, somadas, não cobrem o preço da sua).
Os discípulos dos meus colegas de jantar seguiram outro caminho. Depois que retornei ao Brasil, vi como se fizeram rápidas fortunas, mas vi também como se deixaram de fazê-las. O serviço público nada rendeu à minha querida Maria da Conceição Tavares, ou ao Carlos Lessa.
Talvez sejamos uma espécie em extinção. Gente que gosta de relembrar e seguir a lição que ouvi do Raul Prebisch, o grande economista argentino. Depois de presidir o Banco Central do seu país, viu que ficara “sem meio de vida”. Convidado para a direção de grandes bancos, recusou: “Como podia colocar os meus conhecimentos a serviço de um se estava ao corrente dos segredos de todos?”
O senhor privatizou sua influência e justificou a própria concupiscência invertendo o dilema de Prebisch. Foi uma escolha pessoal, e Don Raul admite que está no seu direito fazê-la. Não estatize os reflexos de sua opção patrimonial, transferindo o ônus para um governo eleito por 55 milhões de pessoas.
Do seu patrício, Celso Furtado

Elio Gaspari, O Globo

sábado, 4 de junho de 2011

ESPELHO, ESPELHO MEU, O TRONO É OU NÃO É MEU?


Escritos antes das eleições do ano passado, os versos abaixo foram publicados no Papo do Mutum em janeiro, mas, não sei por que, me deu agora uma vontade danada de republicá-los:

GRACIAS A EL REY LUIZ

Doar a quem esta herança maldita
Que transformei no olimpo
Enquanto garimpei o ouro
Que dos meus bolsos transborda
E esparrama migalhas luzentes
Que não apontam futuro
Para quem é maltratado
Por falta de educação
Saúde, saneamento
Formando um a um multidão
De tantos milhões de gentes
Que não nasceram meus filhos
Mas a quem eu dou guarida
Desde que estendam a mão?

Sejam gratos, confiantes
Que faço o melhor que posso
Tirando dos companheiros
Que me sustentam no trono
- Esta gente honesta, honrada
Exemplo de brasileiros
Que não nega a cada irmão
(no sentido figurado)
As sobras do ouro embolsado
Sem qualquer corrupção.

Falo claro, jogo limpo
Pois neste país nunca antes
Sob o estelar firmamento
Neste reinado que é meu
Nesta terra tão bendita
Houve tantos brasileiros
Que da pobreza saíram
Embora a oposição
Venha com toda essa grita
E só pra fazer baderna
Diz que é pura enganação
De quem a todos governa.

Assim esta herança maldita
Que transformei no olimpo
Será de quem eu quiser
No meu trono aqui sentar
Desde que bom companheiro
Ou companheira mulher
Para falar “sim Senhor”
Conforme eu comandar.

Não posso deixar de ser dono
Do poder que construí
Seria um tropeço no escuro
ver todo o ouro roubado
Ao povo não mais chegar
Pelas migalhas do engodo

Por isso não abro mão
Meu Deus do céu quem diria
De pôr na minha cadeira
e ensinar o que aprendi
para me representar
Uma mulher, minha cria
Que cuide do meu reinado
Defenda os companheiros
E me devolva no futuro
Este olimpo abençoado
Que fiz com herança maldita

Ninguém me empurra no lodo
Viva os pobres brasileiros!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

QUEM CALA CONSENTE OU QUEM FALA MENTE?

Mantenho o hábito da leitura não apenas pela necessidade de me informar sobre tudo que ainda desconheço, mas também, ou preferencialmente, por significar uma das mais agradáveis possibilidades de lazer. Aprendi nas linhas e nas entrelinhas do conjunto das palavras escritas a distinção entre realidade e fantasia, teoria e prática, omissão e solidariedade.
Ainda criança, pelas ondas do rádio ouvidas em casa e nas ruas das cidadezinhas do interior, complementadas já na adolescência com as imagens alvinegras dos canais de TV, aprendi a importância dos veículos de comunicação eletrônica na difusão de noticiário jornalístico. Assim, lendo, ouvindo e vendo as informações alcançando-me onde eu estivesse, vim até onde estamos hoje: Nada de fato existe ou deixará de existir sem divulgação instantânea.
Não havendo então o que possa ser tratado como novidade a interessar o leitor, resta-me manifestar minhas apreensões sobre o que nos chega a todos, aqui e acolá, Brasil afora, como fatos no mínimo preocupantes para quem, cumprindo sempre seus deveres de cidadão, não quer ser omisso no seu direito de opinar.
Não votei na Dilma no primeiro turno, muito menos no segundo. Mas, votei em uma mulher: Marina Silva. Atitude lógica, por ser filiado ao PV de Mutum? Sim, mas, não a única razão. Por identificar-me com ela na luta em defesa do meio-ambiente, desde que ela era petista e não havia o Partido Verde em minha cidade? Um pouco, sim; não inteiramente. Haveria então algum interesse desses tão comuns em política com p minúsculo, de favorecimento pessoal, uma graninha pelo voto, algo assim? De jeito algum! Votei na Marina porque na balança em que pesavam a seu favor a sua integridade, seu passado, seu presente de correligionária e seu projeto de Brasil havia suficiente espaço para minha esperança, de que tudo poderia ser melhor ao contribuir com meu voto (e meus argumentos durante a campanha) para que o Brasil tivesse uma mulher na presidência da república.
Sou homem, tenho filhos e filhas, que amo igualmente. No convívio social, procuro não ter preconceitos. No meu conceito, são apenas peculiaridades que distinguem homem e mulher e a vida é uma corrida de revezamento entre pares do sexo masculino e feminino. Só que o homem agarrou o bastão no início da corrida, não largou mais e na sua dasabalada correria, procurando vencer obstáculos para a conquista do poder supremo, está cada vez mais abrindo mão dos princípios que deveriam reger a humanidade, impondo à mulher a humilhação de acompanhá-lo, negando-se a entregar-lhe o bastão para que novos valores possam ser estabelecidos pelo sexo feminino e venham dar à corrida mais alegria de viver.
Foi aí que votei na Marina, consciente e cheio de esperança. Ela estava preparada Ocupou cargos legislativos aprovada pelo voto dos eleitores, ocupou com dignidade e compromisso com seu passado e com o futuro do país um relevante cargo executivo, depois lançou-se candidata à presidência como uma mulher à altura do cargo pretendido. A daneira toda é que o bastão estava na mão de Dom Luiz, que armado do poder absoluto decidiu entregá-lo à fiel seguidora Presidenta, com a garantia de que poderia mudar tudo desde que tudo permanecesse como d’antes até sua volta sob retumbante escolta de votos, vencidas suas férias. Houve quem duvidasse que assim seria? Certamente, sim. Então veio a primeira mudança, um novo ministério. Então sentou-se a presidente na cadeira de El Rey, ladeada pelo secretário particular e pelo ministro-chefe da Casa Civil. Com esses novos nomes tão próximos da presidente, de comprovada competência e habilidade na condução da coisa pública, haveria boa governança e todos seriam felizes para sempre até o final da férias de Don Luiz.
Quando as chamas iniciadas no gabinete em que fica o cofre-forte do reino ameaçaram espalhar-se pelo castelo deixando em polvorosa os bombeiros oficiais do poder e os amadores de plantão, eis que Don Luiz sacrificando suas férias retorna garboso e impoluto, retoma o bastão e mostra a todos “quem manda aqui no pedaço”.
O ministro Antonio Palocci está programando alguma coisa para amanhã, como resposta às indagações que o país lhe faz. Seja o que for dito por ele, temo que uma mulher na presidência, colocada como foi a presidenta, joga por terra a minha esperança, que se mantinha mesmo tendo sido voto vencido. Prevaleceu em mim o conceito sobre o homem e a mulher nesse mundo louco, sujo e corrupto em que vivemos. Acreditei que a presidente poderia desempenhar o papel que eu queria ver numa presidente do nosso país. Mas, El Rey mostrou que não. Ou é ele quem manda ou o país desanda. Cabe a ela acompanha-lo. Ele tem o bastão.