segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

LÁ COMO CÁ!

            Mantenho o hábito da leitura não apenas pela necessidade de me informar sobre tudo que ainda desconheço, mas também, ou preferencialmente, por significar uma das mais agradáveis possibilidades de lazer. Aprendi nas linhas e nas entrelinhas do conjunto das palavras escritas a distinção entre realidade e fantasia,  teoria e  prática, omissão e solidariedade, profusão e carência,condições inerentes à vida humana no relacionamento social.
            Assim, ao perceber que faltou o sinal de reticências na frase escolhida como a marca do novo governo brasileiro, que me pareceu incompleta, publiquei no Papo do Mutum há poucos dias  algumas sequências que poderiam contribuir para dar-lhe melhor sentido.
            Não há como passar ao largo de informações aparentemente sem qualquer importância para a vidinha pacata que desfrutamos nas cidades do interior, no meu caso Mutum-MG, se o que está em foco é:
            -  o deputado federal Romário jogando  bola na praia, no Rio de Janeiro, em horário de expediente parlamentar em Brasília;
            - um deputado federal cujo nome o eleitor desconhece, porque levou para a Câmara o pseudônimo de Tiririca, empossado porque comprovadamente alfabetizado, sendo da base aliada do governo, em sua primeira participação em votação plenária votar contra a proposta  do "seu" governo de aumento do salário mínimo para R$545,00 . Justificou-se depois o deputado, por cometer um equívoco. Claro que ele encontraria, como encontrou naquela votação e encontrará nas futuras, imensa dificuldade de manejar um complexo aparelho onde com certeza existem as palavras   SIM e NÃO e talvez uma terceira, ABSTENÇÃO,  para suas excelências registrarem seu voto no painel eletrônico. Aprendeu cedo o ilustre deputado a razão de terem eles tantos assessores. No seu caso, deveria  contratar  três, cabendo a cada um ocupar-se de levar o deputado Tiririca a apertar a tecla correta evitando a repetição de equívocos que poderiam comprometê-lo, não junto à Justiça Eleitoral, mas junto aos companheiros encarregados de governar o Brasil.
            Esses são apenas dois exemplos da mudanças que o país terá no Congresso Nacional com a eleições dos novos legisladores, pois dos que se perpetuaram como representantes do povo, o povo já cansou de esperar. Se quisermos mais exemplos desta disposição e competência para o trabalho legislativo, facilmente encontraremos em Brasília e nas casas legislativas  dos estados e municípios. Entre aqueles veteranos e esses novatos, fica o nosso desencanto com os legisladores. Lá como cá.  

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